Cachorro pode comer Feijão?
Saiba quais são os benefícios e os riscos de incluir esse alimento na dieta do seu pet
Você já se perguntou se cachorro pode comer feijão? Esse é um alimento muito comum na mesa dos brasileiros, mas será que ele faz bem para os nossos amigos de quatro patas? A resposta é: depende. Existem alguns tipos de feijão que podem ser oferecidos aos cães com moderação e cuidado, mas outros que devem ser evitados a todo custo. Neste artigo, vamos explicar quais são as vantagens e as desvantagens de dar feijão para cachorro, como preparar esse alimento de forma adequada e segura, e quais são as alternativas mais saudáveis e nutritivas para a alimentação canina.
O feijão é uma fonte de proteína vegetal, fibras, ferro, cálcio, potássio e vitaminas do complexo B, que são importantes para a saúde e o bem-estar dos cães. No entanto, ele também contém alguns antinutrientes, como o ácido fítico, que podem interferir na absorção de minerais, e algumas substâncias tóxicas, como a lectina, que podem causar problemas gastrointestinais, como diarreia, vômito, gases e cólicas. Além disso, o feijão pode conter sal, temperos, gorduras e conservantes que são prejudiciais para os cães e podem provocar alergias, inflamações, obesidade e doenças renais e hepáticas.
O Feijão na Dieta Canina
Como esse alimento pode contribuir para a saúde e o bem-estar do seu pet
O feijão é um alimento muito nutritivo, que pode trazer diversos benefícios para a alimentação canina saudável. Ele é rico em proteínas, fibras, ferro, cálcio, potássio e vitaminas do complexo B, que são essenciais para o bom funcionamento do organismo dos cães. Veja a seguir quais são os principais nutrientes presentes no feijão e como eles podem ajudar o seu cachorro a ter mais qualidade de vida.
Nutrientes presentes no feijão e seus benefícios
- Proteínas: As proteínas são os blocos de construção dos tecidos do corpo, e são fundamentais para a manutenção da massa muscular, da pele, do pelo, das unhas, dos ossos, dos órgãos e do sistema imunológico dos cães. O feijão é uma fonte de proteínas vegetais que pode complementar a dieta dos cães, especialmente se eles forem alérgicos ou intolerantes a algumas fontes de proteínas animais, como carne, frango, peixe ou ovos. No entanto, é importante ressaltar que as proteínas vegetais não são tão completas e biodisponíveis quanto as animais, e por isso devem ser combinadas com outros alimentos que contenham os aminoácidos essenciais que os cães precisam.
- Fibras: As fibras são carboidratos não digeríveis que auxiliam na regulação do trânsito intestinal, na prevenção da constipação, na redução do colesterol, na modulação da glicemia, na saciedade e na saúde da microbiota intestinal dos cães. O feijão é uma boa fonte de fibras solúveis e insolúveis, que podem ajudar o seu cachorro a ter uma digestão canina mais eficiente e equilibrada. No entanto, é preciso ter cuidado com a quantidade de feijão oferecida ao seu pet, pois um excesso de fibras pode causar gases, distensão abdominal, diarreia e má absorção de nutrientes.
- Ferro: O ferro é um mineral que participa da formação da hemoglobina, a proteína que transporta o oxigênio no sangue, e da mioglobina, a proteína que armazena o oxigênio nos músculos. A deficiência de ferro pode causar anemia, fraqueza, palidez, falta de apetite, perda de peso e comprometimento do sistema imunológico dos cães. O feijão é uma fonte de ferro não heme, que é menos absorvido do que o ferro heme de origem animal, mas que pode ser potencializado se for consumido junto com alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas, tomate, pimentão e brócolis.
- Cálcio: O cálcio é um mineral que compõe a estrutura dos ossos e dos dentes, e que também está envolvido na contração muscular, na coagulação sanguínea, na transmissão nervosa e na secreção de hormônios dos cães. A falta de cálcio pode provocar raquitismo, osteoporose, fraturas, convulsões e alterações cardíacas nos cães. O feijão é uma fonte de cálcio de origem vegetal, que pode contribuir para a saúde óssea e dental dos cães, mas que também pode ser afetado pela presença de ácido fítico, um antinutriente que reduz a absorção de cálcio e outros minerais. Por isso, é recomendado que o feijão seja cozido, germinado ou fermentado antes de ser oferecido aos cães, para diminuir o teor de ácido fítico e aumentar a biodisponibilidade do cálcio.
- Potássio: O potássio é um mineral que atua como um eletrólito, mantendo o equilíbrio hídrico, o pH e a pressão osmótica das células dos cães. Ele também é importante para a função muscular, nervosa e cardíaca dos cães. A deficiência de potássio pode causar hipocalemia, que se manifesta por fraqueza, letargia, arritmias, paralisia e insuficiência renal nos cães. O feijão é uma fonte de potássio de origem vegetal, que pode ajudar a prevenir a hipocalemia e a manter a saúde celular dos cães, mas que também pode ser prejudicado pelo excesso de sal, que aumenta a excreção de potássio pelos rins. Por isso, é aconselhável que o feijão seja lavado e cozido sem sal antes de ser dado aos cães, para evitar o risco de hipertensão e desidratação.
- Vitaminas do complexo B: As vitaminas do complexo B são um grupo de oito vitaminas hidrossolúveis que participam de diversas reações metabólicas nos cães, como a produção de energia, a síntese de proteínas, a formação de células sanguíneas, a manutenção da pele, do pelo, do sistema nervoso e do sistema imunológico. A carência de vitaminas do complexo B pode causar anemia, dermatite, alopecia, convulsões, depressão, anorexia e imunossupressão nos cães. O feijão é uma fonte de vitaminas do complexo B de origem vegetal, que pode fornecer esses nutrientes essenciais para o funcionamento adequado do organismo dos cães, mas que também pode ser afetado pela presença de lectina, uma proteína tóxica que pode inativar algumas vitaminas do complexo B. Por isso, é imprescindível que o feijão seja cozido por pelo menos 10 minutos antes de ser oferecido aos cães, para eliminar a lectina e preservar as vitaminas do complexo B.
Variedades seguras de feijão para cachorros
Existem diversos tipos de feijão, que variam em tamanho, cor, forma, sabor e composição nutricional. No entanto, nem todos são adequados para a alimentação canina. Alguns feijões podem conter mais antinutrientes e substâncias tóxicas do que outros, e podem representar um risco para a saúde dos cães. Veja a seguir quais são as variedades de feijão mais seguras para os cachorros, e quais devem ser evitadas.
- Feijão carioca: É o tipo de feijão mais consumido no Brasil, e também um dos mais seguros para os cães. Ele tem uma cor marrom clara com listras escuras, e um sabor suave e agradável. Ele é rico em proteínas, fibras, ferro, cálcio, potássio e vitaminas do complexo B, e tem um baixo teor de ácido fítico e lectina. Ele pode ser oferecido aos cães cozido sem sal e sem temperos, em pequenas quantidades e com moderação, como um complemento da dieta.
- Feijão preto: É outro tipo de feijão muito popular no Brasil, e também bastante seguro para os cães. Ele tem uma cor preta intensa, e um sabor forte e marcante. Ele é rico em proteínas, fibras, ferro, cálcio, potássio e vitaminas do complexo B, e tem um baixo teor de ácido fítico e lectina. Ele pode ser oferecido aos cães cozido sem sal e sem temperos, em pequenas quantidades e com moderação, como um complemento da dieta.
- Feijão branco: É um tipo de feijão menos comum no Brasil, mas também bastante seguro para os cães. Ele tem uma cor branca leitosa, e um sabor delicado e suave. Ele é rico em proteínas, fibras, ferro, cálcio, potássio e vitaminas do complexo B, e tem um baixo teor de ácido fítico e lectina. Ele pode ser oferecido aos cães cozido sem sal e sem temperos, em pequenas quantidades e com moderação, como um complemento da dieta.
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Feijão vermelho: É um tipo de feijão mais raro no Brasil, mas também seguro para os cães. Ele tem uma cor vermelha vibrante, e um sabor adocicado e amendoado. Ele é rico em proteínas, fibras, ferro, cálcio, potássio e vitaminas do complexo B, e tem um baixo teor de ácido fítico e lectina. Ele pode ser oferecido aos cães cozido sem sal e sem temperos, em pequenas quantidades e com moderação, como um complemento da dieta.
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Feijão fradinho: É um tipo de feijão mais comum no Nordeste do Brasil, e também seguro para os cães. Ele tem uma cor bege com um olho preto, e um sabor neutro e suave. Ele é rico em proteínas, fibras, ferro, cálcio, potássio e vitaminas do complexo B, e tem um baixo teor de ácido fítico e lectina. Ele pode ser oferecido aos cães cozido sem sal e sem temperos, em pequenas quantidades e com moderação, como um complemento da dieta.
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Feijão azuki: É um tipo de feijão de origem asiática, e também seguro para os cães. Ele tem uma cor marrom avermelhada, e um sabor doce e levemente amargo. Ele é rico em proteínas, fibras, ferro, cálcio, potássio e vitaminas do complexo B, e tem um baixo teor de ácido fítico e lectina. Ele pode ser oferecido aos cães cozido sem sal e sem temperos, em pequenas quantidades e com moderação, como um complemento da dieta.
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Feijão manteiga: É um tipo de feijão de origem europeia, e também seguro para os cães. Ele tem uma cor amarela clara, e um sabor cremoso e delicado. Ele é rico em proteínas, fibras, ferro, cálcio, potássio e vitaminas do complexo B, e tem um baixo teor de ácido fítico e lectina. Ele pode ser oferecido aos cães cozido sem sal e sem temperos, em pequenas quantidades e com moderação, como um complemento da dieta.
Esses são os tipos de feijão mais indicados para os cães, mas existem outros que devem ser evitados, pois podem causar problemas de saúde para os pets. Alguns exemplos são:
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Feijão verde: É um tipo de feijão que é colhido antes de amadurecer, e que pode ser consumido com a vagem. Ele tem uma cor verde clara, e um sabor fresco e crocante. Ele é rico em proteínas, fibras, ferro, cálcio, potássio e vitaminas do complexo B, mas também tem um alto teor de lectina, que pode ser tóxica para os cães se ingerida crua ou em grandes quantidades. A lectina pode causar hemólise, que é a destruição dos glóbulos vermelhos, levando a anemia, icterícia, insuficiência renal e até morte. Por isso, o feijão verde deve ser cozido por pelo menos 15 minutos antes de ser oferecido aos cães, e em pequenas quantidades e com moderação, como um petisco ocasional.
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Feijão de soja: É um tipo de feijão de origem asiática, e que é usado para produzir diversos alimentos, como tofu, leite de soja, molho de soja, tempeh e miso. Ele tem uma cor bege, e um sabor neutro e versátil. Ele é rico em proteínas, fibras, ferro, cálcio, potássio e vitaminas do complexo B, mas também tem um alto teor de ácido fítico, que pode interferir na absorção de minerais, e de isoflavonas, que são fitoestrógenos, ou seja, substâncias que imitam o hormônio feminino estrogênio. O consumo excessivo de soja pode causar desequilíbrios hormonais, problemas reprodutivos, alterações na tireoide e no crescimento dos cães. Por isso, o feijão de soja deve ser evitado pelos cães, ou consumido apenas em formas fermentadas, como o tempeh e o miso, que reduzem o teor de antinutrientes e fitoestrógenos.
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Feijão fava: É um tipo de feijão de origem mediterrânea, e que é usado para fazer pratos típicos, como a pasta de feijão fava e o cozido de feijão fava. Ele tem uma cor verde escura, e um sabor amargo e terroso. Ele é rico em proteínas, fibras, ferro, cálcio, potássio e vitaminas do complexo B, mas também tem um alto teor de lectina, que pode ser tóxica para os cães se ingerida crua ou em grandes quantidades. A lectina pode causar hemólise, que é a destruição dos glóbulos vermelhos, levando a anemia, icterícia, insuficiência renal e até morte. Além disso, o feijão fava contém uma substância chamada vicina, que pode causar uma doença genética chamada favismo, que afeta principalmente cães de raças como o basenji, o akita, o shiba inu e o chow chow. O favismo é uma deficiência da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase, que impede o organismo de se proteger do estresse oxidativo, causado por agentes como a vicina. O estresse oxidativo pode levar à hemólise, à anemia, à icterícia, à insuficiência renal e à morte. Por isso, o feijão fava deve ser totalmente proibido para os cães, especialmente para os que têm predisposição ao favismo.
Riscos e Restrições
O que você precisa saber antes de dar feijão para o seu cachorro
Apesar de ser um alimento nutritivo e benéfico para a alimentação canina saudável, o feijão também pode trazer alguns riscos e restrições para os cães, se não for preparado e administrado de forma adequada e segura. Alguns dos possíveis problemas que o consumo de feijão pode causar para os cães são:
Possíveis problemas gastrointestinais associados ao consumo de feijão
- Gases: O feijão é um alimento que contém muitas fibras e carboidratos fermentáveis, que podem ser difíceis de digerir para os cães, que têm um sistema digestivo mais curto e menos adaptado aos alimentos vegetais do que os humanos. Esses componentes podem causar a produção excessiva de gases no intestino dos cães, que podem se manifestar por flatulência, arroto, distensão abdominal e desconforto. Os gases podem ser inofensivos e passageiros, mas também podem indicar uma intolerância ou alergia alimentar, ou uma infecção ou inflamação intestinal. Por isso, é importante observar o seu cachorro após dar feijão para ele, e consultar um veterinário se os sintomas persistirem ou piorarem.
- Diarreia: O feijão também pode causar diarreia nos cães, que é a evacuação frequente e líquida das fezes. A diarreia pode ser causada por vários fatores, como a ingestão de alimentos contaminados, estragados ou inadequados, a mudança brusca ou desbalanceada da dieta, a intolerância ou alergia alimentar, a infecção ou inflamação intestinal, o estresse ou a ansiedade, ou a presença de parasitas, vírus, bactérias ou fungos. A diarreia pode ser aguda ou crônica, e pode levar à desidratação, à perda de eletrólitos, à perda de peso e à fraqueza nos cães. Por isso, é essencial oferecer água fresca e limpa ao seu cachorro, e levá-lo ao veterinário se a diarreia durar mais de 24 horas, ou se for acompanhada de sangue, muco, vômito, febre, dor ou apatia.
- Vômito: O feijão também pode provocar vômito nos cães, que é a expulsão forçada do conteúdo do estômago pela boca. O vômito pode ser causado por diversos motivos, como a ingestão de alimentos contaminados, estragados ou inadequados, a ingestão excessiva ou rápida de alimentos, a intolerância ou alergia alimentar, a obstrução ou irritação do esôfago, do estômago ou do intestino, a infecção ou inflamação gastrointestinal, o envenenamento ou a intoxicação, o estresse ou a ansiedade, ou a presença de doenças sistêmicas, como o diabetes, a insuficiência renal, a insuficiência hepática, o câncer ou o hipertireoidismo. O vômito pode ser ocasional ou frequente, e pode levar à desidratação, à perda de eletrólitos, à perda de peso e à fraqueza nos cães. Por isso, é importante oferecer água fresca e limpa ao seu cachorro, e levá-lo ao veterinário se o vômito persistir por mais de 12 horas, ou se for acompanhado de sangue, bile, espuma, diarreia, febre, dor ou apatia.
Quantidades recomendadas e controle de porções
Para evitar ou minimizar os problemas gastrointestinais associados ao consumo de feijão, é fundamental seguir algumas recomendações sobre as quantidades e as porções que podem ser oferecidas aos cães. Algumas dessas recomendações são:
- Cozinhar o feijão: O feijão cru ou mal cozido pode conter antinutrientes e substâncias tóxicas, como o ácido fítico, a lectina e a vicina, que podem prejudicar a saúde dos cães. Por isso, é imprescindível que o feijão seja cozido por pelo menos 10 minutos em água fervente, para eliminar ou reduzir esses componentes e tornar o feijão mais digerível e seguro para os cães. Além disso, é aconselhável que o feijão seja lavado antes e depois de cozinhar, para remover o excesso de sal, de temperos, de gorduras e de conservantes, que podem ser nocivos para os cães.
- Oferecer o feijão sem casca: A casca do feijão é a parte mais rica em fibras e carboidratos fermentáveis, que podem causar gases e diarreia nos cães. Por isso, é recomendado que o feijão seja oferecido aos cães sem a casca, ou seja, apenas o grão cozido e macio, que é mais fácil de mastigar e de digerir para os cães. Para retirar a casca do feijão, basta deixá-lo de molho em água por algumas horas, e depois esfregar os grãos com as mãos ou com um pano, para soltar as cascas e descartá-las.
- Dar o feijão com moderação: O feijão não deve ser a base da dieta dos cães, mas sim um complemento ocasional e moderado, que pode trazer benefícios nutricionais e variar o cardápio dos pets. O feijão não deve ultrapassar 10% da alimentação diária dos cães, e deve ser oferecido em pequenas porções, de acordo com o tamanho, o peso, a idade e a saúde do cachorro. Uma porção adequada de feijão para um cachorro de porte médio, por exemplo, seria de uma colher de sopa, misturada com a ração ou com outros alimentos apropriados para cães. O feijão também não deve ser dado todos os dias, mas sim de forma alternada, com intervalos de pelo menos dois dias, para evitar a sobrecarga do sistema digestivo dos cães.
- Introduzir o feijão gradualmente: O feijão é um alimento novo e diferente para os cães, que pode causar reações adversas se for introduzido de forma abrupta ou desbalanceada na dieta dos pets. Por isso, é importante que o feijão seja introduzido gradualmente na alimentação dos cães, começando com pequenas quantidades, e observando a tolerância e a aceitação do cachorro. Se o cachorro apresentar algum sinal de desconforto, de alergia, de intolerância ou de rejeição ao feijão, é melhor suspender o seu consumo e consultar um veterinário, para avaliar a causa e a solução do problema.
Formas de Introdução
Como preparar e servir feijão para o seu cachorro de forma saborosa e nutritiva
Agora que você já sabe quais são os benefícios, os riscos e as restrições do feijão para a alimentação canina saudável, você deve estar se perguntando como incluir esse alimento na dieta do seu pet de maneira saudável e adequada. Nesta seção, vamos te dar algumas dicas e sugestões de como preparar e servir feijão para o seu cachorro, respeitando as suas necessidades e preferências alimentares.
Como incluir feijão na dieta do cachorro de maneira saudável
Antes de dar feijão para o seu cachorro, é importante seguir alguns passos para garantir a segurança e a qualidade desse alimento. Veja a seguir o que você precisa fazer:
- Escolher o tipo de feijão: Como vimos na seção anterior, nem todos os tipos de feijão são adequados para os cães, e alguns podem até ser perigosos para eles. Por isso, é fundamental que você escolha um tipo de feijão seguro para o seu pet, como o feijão carioca, o feijão preto, o feijão branco, o feijão vermelho, o feijão fradinho ou o feijão azuki. Evite dar feijão verde, feijão de soja ou feijão fava para o seu cachorro, pois eles podem conter antinutrientes e substâncias tóxicas que podem prejudicar a saúde do seu pet.
- Lavar o feijão: O feijão pode conter sujeiras, impurezas, insetos, fungos ou bactérias que podem contaminar o alimento e causar doenças nos cães. Por isso, é essencial que você lave bem o feijão antes de cozinhar, usando água corrente e uma peneira ou um escorredor. Descarte os grãos que estiverem murchos, quebrados, manchados ou com mau aspecto, e deixe apenas os grãos inteiros e saudáveis.
- Deixar o feijão de molho: O feijão pode conter antinutrientes, como o ácido fítico e a lectina, que podem interferir na absorção de minerais e causar problemas gastrointestinais nos cães. Para reduzir o teor desses componentes, é recomendado que você deixe o feijão de molho em água por algumas horas, de preferência na geladeira, antes de cozinhar. Isso também vai ajudar a amolecer os grãos e a diminuir o tempo de cozimento. Troque a água do molho pelo menos uma vez, e descarte a água usada, pois ela pode conter antinutrientes e substâncias tóxicas.
- Cozinhar o feijão: O feijão cru ou mal cozido pode ser tóxico para os cães, pois pode conter lectina, vicina e outros compostos que podem causar hemólise, anemia, insuficiência renal e até morte nos pets. Por isso, é imprescindível que você cozinhe bem o feijão, usando uma panela de pressão ou uma panela comum, por pelo menos 10 minutos em água fervente, para eliminar ou reduzir esses componentes e tornar o feijão mais digerível e seguro para os cães. Não use sal, temperos, gorduras ou conservantes no cozimento do feijão, pois eles podem ser prejudiciais para os cães e podem provocar alergias, inflamações, obesidade e doenças renais e hepáticas.
- Retirar a casca do feijão: A casca do feijão é a parte mais rica em fibras e carboidratos fermentáveis, que podem causar gases e diarreia nos cães. Por isso, é recomendado que você retire a casca do feijão antes de oferecer aos cães, deixando apenas o grão cozido e macio, que é mais fácil de mastigar e de digerir para os pets. Para retirar a casca do feijão, basta deixá-lo de molho em água por algumas horas, e depois esfregar os grãos com as mãos ou com um pano, para soltar as cascas e descartá-las.
- Oferecer o feijão com moderação: O feijão não deve ser a base da dieta dos cães, mas sim um complemento ocasional e moderado, que pode trazer benefícios nutricionais e variar o cardápio dos pets. O feijão não deve ultrapassar 10% da alimentação diária dos cães, e deve ser oferecido em pequenas porções, de acordo com o tamanho, o peso, a idade e a saúde do cachorro. Uma porção adequada de feijão para um cachorro de porte médio, por exemplo, seria de uma colher de sopa, misturada com a ração ou com outros alimentos apropriados para cães. O feijão também não deve ser dado todos os dias, mas sim de forma alternada, com intervalos de pelo menos dois dias, para evitar a sobrecarga do sistema digestivo dos cães.
- Introduzir o feijão gradualmente: O feijão é um alimento novo e diferente para os cães, que pode causar reações adversas se for introduzido de forma abrupta ou desbalanceada na dieta dos pets. Por isso, é importante que o feijão seja introduzido gradualmente na alimentação dos cães, começando com pequenas quantidades, e observando a tolerância e a aceitação do cachorro. Se o cachorro apresentar algum sinal de desconforto, de alergia, de intolerância ou de rejeição ao feijão, é melhor suspender o seu consumo e consultar um veterinário, para avaliar a causa e a solução do problema.
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Seguindo esses passos, você pode incluir o feijão na dieta do seu cachorro de maneira saudável e adequada, sem colocar em risco a sua saúde e o seu bem-estar. Mas se você quiser tornar essa experiência ainda mais saborosa e nutritiva para o seu pet, você pode preparar algumas receitas caseiras balanceadas com feijão para cães, que vamos te ensinar a seguir.
Considerações Finais
O que você precisa lembrar antes de dar feijão para o seu cachorro
Neste artigo, você aprendeu tudo o que precisa saber sobre o feijão na alimentação canina saudável. Você viu quais são os benefícios, os riscos e as restrições desse alimento para os cães, como preparar e servir feijão para o seu pet de forma saborosa e nutritiva, e algumas receitas caseiras balanceadas com feijão para cães. Agora, você está pronto para incluir esse alimento na dieta do seu cachorro, de forma segura e adequada, e proporcionar uma alimentação mais natural, variada e personalizada para o seu pet.
No entanto, antes de dar feijão para o seu cachorro, é importante que você tenha em mente algumas contraindicações e cuidados especiais, que vamos te explicar a seguir.
Contraindicações e cuidados especiais
Apesar de ser um alimento nutritivo e benéfico para os cães, o feijão também pode ser contraindicado ou requerer cuidados especiais em algumas situações, como:
- Cães com alergia ou intolerância ao feijão: Alguns cães podem ter alergia ou intolerância ao feijão, que são reações imunológicas ou digestivas adversas ao alimento. Os sintomas podem incluir coceira, vermelhidão, inchaço, erupções cutâneas, queda de pelo, vômito, diarreia, gases, cólicas, dor abdominal, perda de apetite, perda de peso, anemia, icterícia, insuficiência renal e até choque anafilático. Se o seu cachorro apresentar algum desses sintomas após comer feijão, é melhor suspender o seu consumo e levar o seu pet ao veterinário, para fazer um diagnóstico e um tratamento adequados. O feijão deve ser evitado pelos cães que têm alergia ou intolerância ao alimento, pois pode causar sérios problemas de saúde e até risco de vida.
- Cães com doenças renais ou hepáticas: O feijão é um alimento rico em proteínas, que são essenciais para a saúde e o desenvolvimento dos cães, mas que também podem sobrecarregar os rins e o fígado, que são os órgãos responsáveis pela filtragem e pela eliminação das toxinas do organismo. Os cães que têm doenças renais ou hepáticas podem ter dificuldade para metabolizar as proteínas, e podem acumular substâncias tóxicas no sangue, que podem causar sintomas como vômito, diarreia, desidratação, perda de apetite, perda de peso, fraqueza, letargia, urina escura, sangue na urina, dor abdominal, ascite, edema, convulsões e até coma. Por isso, os cães que têm doenças renais ou hepáticas devem ter uma dieta restrita em proteínas, e devem evitar ou limitar o consumo de feijão, que pode agravar o seu quadro clínico. Consulte um veterinário ou um nutricionista animal para saber qual é a quantidade segura e adequada de feijão para o seu cachorro, de acordo com a sua condição de saúde.
- Cães com diabetes ou obesidade: O feijão é um alimento rico em carboidratos, que são fontes de energia para os cães, mas que também podem aumentar os níveis de glicose no sangue, que é o açúcar que circula no organismo. Os cães que têm diabetes ou obesidade podem ter problemas para regular os níveis de glicose no sangue, e podem desenvolver complicações como hiperglicemia, hipoglicemia, cetoacidose, infecções, catarata, cegueira, neuropatia, úlceras, gangrena e até amputação. Por isso, os cães que têm diabetes ou obesidade devem ter uma dieta controlada em carboidratos, e devem evitar ou reduzir o consumo de feijão, que pode alterar o seu equilíbrio glicêmico. Consulte um veterinário ou um nutricionista animal para saber qual é a quantidade segura e adequada de feijão para o seu cachorro, de acordo com a sua condição de saúde.
Essas são algumas das contraindicações e cuidados especiais que você deve ter ao dar feijão para o seu cachorro. Lembre-se de sempre consultar um profissional de saúde animal antes de introduzir qualquer alimento novo na dieta do seu pet, e de observar o seu comportamento e as suas reações após comer feijão. Se o seu cachorro não gostar ou não se adaptar ao feijão, não force ou insista, pois ele pode ter outras preferências ou necessidades alimentares. Respeite o seu pet, e procure outras alternativas alimentares para diversificar a sua dieta canina.
Alternativas alimentares para diversificar a dieta canina
O feijão é um alimento nutritivo e benéfico para os cães, mas não é o único, nem o mais importante. Existem muitos outros alimentos que podem complementar ou substituir o feijão na dieta canina, e que podem oferecer uma alimentação mais diversificada, completa e equilibrada para o seu pet. Alguns exemplos de alternativas alimentares para diversificar a dieta canina são:
- Outros legumes: Os legumes são alimentos vegetais que podem fornecer fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes para os cães, e que podem ajudar na digestão, na imunidade, na prevenção de doenças e no enriquecimento da dieta. Alguns exemplos de legumes seguros e saudáveis para os cães são: cenoura, abóbora, batata-doce, beterraba, brócolis, couve-flor, ervilha, vagem, espinafre, alface, rúcula, agrião, abobrinha, berinjela, tomate, pepino e pimentão. Esses legumes devem ser cozidos sem sal e sem temperos, e oferecidos em pequenas quantidades e com moderação, como um complemento da dieta. Evite dar legumes crus, picantes, amargos ou tóxicos para os cães, como cebola, alho, alho-poró, cebolinha, nabo, rabanete, repolho, couve-de-bruxelas, milho, aspargo, alcachofra, cogumelo, batata, mandioca e inhame.
- Frutas: As frutas são alimentos vegetais que podem fornecer fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes para os cães, e que podem ajudar na hidratação, na imunidade, na prevenção de doenças e no enriquecimento da dieta. Alguns exemplos de frutas seguras e saudáveis para os cães são: maçã, banana, pera, pêssego, melão, melancia, morango, framboesa, mirtilo, amora, manga, mamão, abacaxi, laranja, tangerina, kiwi e goiaba. Essas frutas devem ser lavadas, descascadas, sem sementes e sem caroços, e oferecidas em pequenas quantidades e com moderação, como um petisco ou uma sobremesa. Evite dar frutas ácidas, cítricas, doces ou tóxicas para os cães, como limão, lima, abacate, uva, passas, cereja, caqui, figo, ameixa, damasco, coco, romã e frutas secas.
- Ovos: Os ovos são alimentos de origem animal que podem fornecer proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e aminoácidos para os cães, e que podem ajudar na formação e na manutenção dos músculos, dos ossos, da pele, do pelo, das unhas, dos dentes, dos órgãos e dos tecidos. Os ovos também podem melhorar a digestão, a imunidade, a prevenção de doenças e o enriquecimento da dieta. Os ovos devem ser cozidos sem sal e sem casca, e oferecidos em pequenas quantidades e com moderação, como um complemento da dieta. Evite dar ovos crus, fritos, mexidos ou com temperos para os cães, pois eles podem conter bactérias, como a salmonela, que podem causar infecções e intoxicações, ou substâncias, como a avidina, que podem interferir na absorção da biotina, uma vitamina importante para a saúde da pele e do pelo dos cães.
- Laticínios: Os laticínios são alimentos de origem animal que podem fornecer proteínas, gorduras, cálcio, fósforo e vitaminas para os cães, e que podem ajudar na formação e na manutenção dos ossos, dos dentes, dos músculos e dos nervos. Os laticínios também podem melhorar a digestão, a imunidade, a prevenção de doenças e o enriquecimento da dieta. Os laticínios devem ser oferecidos em pequenas quantidades e com moderação, como um complemento da dieta, e devem ser de baixo teor de lactose e de gordura, para evitar problemas gastrointestinais nos cães. Alguns exemplos de laticínios seguros e saudáveis para os cães são: iogurte natural, queijo cottage, queijo branco, leite de cabra e kefir. Evite dar laticínios com açúcar, corantes, conservantes ou aromatizantes para os cães, pois eles podem causar alergias, inflamações, obesidade e doenças renais e hepáticas.
- Carnes: As carnes são alimentos de origem animal que podem fornecer proteínas, gorduras, ferro, zinco e vitaminas para os cães, e que podem ajudar na formação e na manutenção dos músculos, dos órgãos, dos tecidos, do sangue e do sistema imunológico. As carnes também podem melhorar a digestão, a imunidade, a prevenção de doenças e o enriquecimento da dieta. As carnes devem ser cozidas sem sal e sem gordura, e oferecidas em quantidades adequadas e balanceadas, como a base da dieta dos cães. Alguns exemplos de carnes seguras e saudáveis para os cães são: carne bovina, carne suína, carne de frango, carne de peru, carne de peixe, carne de cordeiro e carne de coelho. Evite dar carnes cruas, fritas, defumadas, temperadas ou processadas para os cães, pois elas podem conter bactérias, parasitas, toxinas, sal, temperos, gorduras, conservantes ou nitratos, que podem causar infecções, intoxicações, alergias, inflamações, obesidade e doenças renais e hepáticas.
Esses são alguns exemplos de alternativas alimentares para diversificar a dieta canina, mas existem muitos outros alimentos que podem ser oferecidos aos cães, desde que sejam seguros, saudáveis, adequados e balanceados para eles. Para saber mais sobre a alimentação canina, consulte um veterinário ou um nutricionista animal, que podem te orientar sobre quais são os alimentos mais indicados para o seu pet, de acordo com o seu tamanho, peso, idade, saúde e preferências.